Sinhá
Flor entra em cena em Bananeiras
A peça
‘Sinhá Flor’, fruto da direção de Eliézer Rolim na companhia
Sírius de teatro, que traz no elenco as veteranas atrizes Cryselide
Barros e Celsa Monteiro, entra em cena nesta sexta(27), às 20h, no
teatro Ivaldo Lucena, em Bananeiras, dentro da programação do
Caminhos do Frio. A entrada em gratuita.
A peça
‘Sinhá Flor’ versa sobre a solidão de duas senhoras, Sinhá e
Flor. Elas moram em um asilo e passam os dias a narrar as passagens
de suas vidas a espera de visitas que nunca chegam. Sinhá Flor
reflete, em um primeiro momento, o caos da separação; um mundo em
pedaços julgado pela ameaça do fim e a nostalgia que só a solidão
é capaz de criar. Foi escrito em 1990 após a dissolução do Grupo
de Teatro Terra, depois de 11 anos de trabalho juntos.
Como que
adornando a circunstância final de suas vidas, as duas anciãs
sentadas no quintal do casarão que as abriga, tomam chás de folhas
de uma laranjeira já morta no quintal. No cerne dos debates entre as
duas solitárias, temas como sexo, amor e morte. Segundo o diretor e
autor, "elas não se dão conta da grande amizade que nasce da
ausência de pessoas em suas vidas. Para surpresa delas, descobrem,
entre as confidências trocadas, que estão ligadas uma a vida da
outra, há bem mais tempo do que podiam imaginar. É que no meio dos
presságios Sinhá descobre que Flor era a mulher que no passado foi
responsável pelo fim de seu casamento. Contudo, a amizade crescente
nos idos solitários, acabam por sucumbir o possível rancor,
deixando lugar à amizade dos últimos dias de suas vidas",
conta Eliézer.
Bananeiras
em todos os ritmos
A rota
cultural Caminhos do Frio em Bananeiras se destaca especialmente pela
diversidade de sons e ritmos musicais. É só passar a vista na
programação no blog www.caminhosdofrio.com
e comprovar o leque de opções para todos os gostos.
Os shows na Praça Epitácio Pessoa(principal de Bananeiras), nesta sexta-feira(27) começam às 22h com apresentação do grupo Chorisso com um repertório recheado de trabalhos dos ícones do choro, como Jacob do Bandolim (“Receita de Samba”), Pixinguinha (“Descendo a Serra”, feita em parceria com Benedito Lacerda) e Sivuca (“Um Tom pra Jobim”, composta junto com Oswaldinho). Há espaço ainda para músicas autorais do cavaquinista Poty Lucena como “Peladinha” e “Em Cima da Hora”.
O Chorisso
foi idealizado em 2007, pelo professor José Augusto Maropo, a partir
de reuniões musicais. Integram o grupo Poty Lucena (cavaquinho),
Renan Rezende (flauta transversal), Lucyane Alves (bandolim), Carlos
Moura (pandeiro), Gutemberg Nóbrega (violão de seis cordas) e Luis
Umberto (violão de sete cordas).
Mistura
de sons - Já o grupo Sonora Sambragroove vai embalar o público
com uma mistura de samba, afrobeat e batucadas com boa pegada
‘afronordestina’. A banda paraibana vem conquistando cada vez
mais o gosto popular apresentando um som bem brasileiro, mas com o
suingue do sangue de todos os cantos.
Não há
quem não se remexa quando a guitarra de Fabiano Formiga, a percussão
de Macaxeira Acioli, o baixo e a voz de Chico Limeira, a bateria e a
voz de Nildo Gonzalez, e a voz de Débora Malacar se encontram em uma
efusiva expressão de bambas com festa na alma e samba no pé.
“Não
descobrimos a batida perfeita nem uma nova forma de fusão, mas a
gente é brasileiro que toca música do mundo e tem uma intensa
vivência das noites de Parahyba”, comenta Chico Limeira. Segundo a
vocalista Débora “somos um grupo que respira música brasileira.
Esta, por sua vez, nos inspira a brincar com o ritmo, a ousar, a
fazer algo diferente, sem conceitos exatos, sem preconceitos. A
metodologia de trabalho é fazer a coisa de forma visceral,
espontânea, sem estar totalmente preso a algum parâmetro/estilo
musical. A gente faz sambagroove, samba e groove e viaja do samba ao
groove. No meio dessa viagem tem um monte de coisa boa”.
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